A OPEC+ continua trabalhando para equilibrar os mercados de petróleo, observando cautelosamente o crescimento da China, afirmou o Ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos em uma conferência apenas dois dias antes da reunião ministerial marcada para 4 de outubro pela aliança.
“Muitas dinâmicas estão ocorrendo e esperamos que o crescimento na China se recupere… porque toda a economia mundial depende da China”, disse o Ministro de Energia e Infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos, Al Mazrouei, na conferência Adipec. “Minha preocupação não é um mercado com falta de oferta no curto prazo. Minha preocupação é um mercado com falta de oferta a médio e longo prazo”, afirmou o ministro, conforme relatado pelo The National News.
Os comentários surgem no momento em que o Banco Mundial reduz as estimativas de crescimento da China, a segunda maior economia do mundo e maior importadora de petróleo bruto. Na segunda-feira, o Banco Mundial previu um crescimento de 5,1% para a China este ano, muito acima dos 3% de 2022. No entanto, esse ritmo de crescimento diminuiu desde abril devido ao que o Banco Mundial descreveu em sua atualização econômica de outubro como “demanda doméstica contida e dificuldades persistentes no setor imobiliário”.
A preocupação, compartilhada pela OPEC+, é que um crescimento mais lento do PIB chinês possa reduzir a demanda por petróleo bruto.
China Caixin Manufacturing PMI

O Banco Mundial também reduziu sua projeção de crescimento do PIB da China para 2024 de 4,8% para 4,4%. No domingo, o Índice PMI Caixin/S&P (Índice de Gerentes de Compras da Manufatura) mostrou que o PMI de setembro caiu para 50,6, abaixo dos 51,0 de agosto, com a marca de 50,0 sendo o ponto médio entre o crescimento e a contração.
Na próxima reunião ministerial marcada para 4 de outubro, os observadores de mercado aguardam para ver se a Arábia Saudita e a Rússia farão alguma alteração em seus atuais cortes voluntários na produção de 1,3 milhão de barris por dia.
Escrito por Charles Kennedy